quarta-feira, 30 de maio de 2012

onde se dá conta de tops e de outros ridículos sucessos.

De dez em dez anos, a Sight and Sound pergunta a um milhão de pessoas ligadas aos filmes quais são os seus dez filmes preferidos de todo o sempre. Depois, salvo erro, atribui pontos por cada filme votado, e estabelece a lista final dos filmes mais pontuados. A última vez que isso sucedeu foi em 2002, por isso deve estar para breve nova ronda pela burguesia cinéfila. Também decidi fazer a minha lista de dez filmes preferidos de todo o sempre, mas não sem antes perguntar ao Rosenbaum se a podia efectuar, ao que ele anuiu, desde que desse com um pau na cabeça do Miguel Relvas e/ou fizesse um fellatio ao Diogo Dória. Não encontrei pau nenhum. E agora recuemos cinco anos...

...quando não havia crise financeira, os portugueses da Grécia só conheciam o Charisteas e o FMI era uma palavra numa canção do camarada José Mário Branco. Pois foi exactamente nessa altura que me pediram para eu "elaborar" uma lista dos meus dez filmes preferidos desde a invasão dos hunos. Passado este tempo todo, a maior parte da lista mantém-se inalterável, com as excepções que eu já de seguida irei nomear, não sem antes ir comer um chicken burguer do Pingo Doce, com mostarda e uma Cergal a acompanhar. Já volto.

Interlúdio musical: sem dúvida.

...quando se é pobre, merda é o que se come. Bom, vamos lá ao coiso. Ora, que raio faz ali o Triumph des Willens? Não é que eu não goste muitíssimo do filme, tal como o Olympia, ou a Luz Azul, porque gosto muitíssimo, e, sobretudo, é um bom tópico cinematográfico para uma saudável discussão à paulada com um esquerdalho (pode ser junto ao Bar Americano). Mas não está, neste momento, no meu topo de prioridades preferenciais. O Playtime, sendo óptimo, nem sequer é o meu favorito do frére Jacques, estando até atrás do discreto Traffic; borda fora também. O M, do monóculo, segue a mesma cartilha anterior; se eu fizesse um top ten dos Langs, deveria para aí ficar em quinto ou sexto, atrás, inclusive, dos filmes "indianos". Que sa foda. O resto está de pedra e cal, mesmo o Raging Bull, tão puído de sucessivas visões que há dias o revi um bocadinho e já não senti nada. Agora os filmes substitutos:

-They Live!: óbvio.

-Snake Eyes: não só o meu preferido do Senhor Esteja Convosco, como o meu mais sincero prazer dos anos noventa. E a Carla Gugino está com umas mamas tão boas.

-La Jetée: esta genialidade provocou impressão tão favorável, que só a vi duas vezes. Não a verei até não se dissiparem as doces memórias de aquando da sua primeira visão.

Acrescento um aos dez filmes, sendo ele os Ambersons, ainda que todo estropiado. A narração do Orson, sobretudo no momento em que o Cotten desce ao abismo, deverá estar ao nível de uma punheta de mamas da Carla Gugino no Snake Eyes.

E assim vão estas práticas, ás 18:46 de diz 30 de Maio do ano 2012:

Close-Up
They Live!
Recordacões da Casa Amarela
The Night of the Hunter
La Jetée
Raging Bull
Hana Bi
Psycho
Great Dictator
Snake Eyes

e ainda

os Ambersons.



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