sexta-feira, 11 de maio de 2012

Recebemos um mail indignado de uma senhora de Olhão, e que aqui transcrevemos:

"Reparo, com alguma tristeza, que vocês (que não devem ter mais do que quinze anos...juntos), e ao contrário de bloggers respeitáveis de blogs não menos respeitáveis, nunca fazem uma menção de obituário às grandes personalidades cinematográficas que desaparecem. Uma aleivosia, é o que digo".

Lucia Lurdes Lucinda Ludmila, Olhão.

Senhora, neste momento em que vos respondo, estou a ouvir o Before the Bullfight, do David Sylvian, e que é capaz de ser a melhor canção de sempre. Quanto à sua perplexidade, é fácil de clarificar: neste blogo somos católicos e neoplatónicos, daí acharmos que quem entrega a alma ao Criador está em muito melhor posição do que nós, que nos andamos aqui a arrastar em agrilhões insustentáveis. Quanto muito, cometemos o pecado da inveja em relação a tais almas fidepunhetas. Mas, para si, vamos abrir uma excepção e falarmos de um obituário recente. E que começa assim...

...na primeira visão de Recordações da Casa Amarela eu não sabia quem era o César Monteiro (exacto, esse, que "brincou cos mês impostos, o gatune!"); nas segundas, terceiras, quartas, e quintas visões eu já sabia quem era o César Monteiro, mas nunca tinha ouvido falar no Fernando Lopes. Sensivelmente a partir da sexta e até à nona observância, já sabia que havia um Fernando Lopes realizador do cinema, mas desconhecia-lhe os condimentos físicos e a obra; para aí a partir da décima, e até à décima quarta visão, descobri a cara do Lopes e algumas das suas películas. Mas foi só, salvo erro, pela décima-sexta visão da obra-prima, que me apercebi que ele entra na dita, a jogar snooker no meio da populaça. E assim se conclui a história de hoje.

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