terça-feira, 25 de junho de 2013

Finalmente, algo que se pode ler

24. Vincent Gallo on Sofia (and Francis Ford) Coppola:
“Sofia Coppola likes any guy who has what she wants. If she wants to be a photographer she’ll fuck a photographer. If she wants to be a filmmaker, she’ll fuck a filmmaker. She’s a parasite just like her fat, pig father was.”


http://flavorwire.com/200745/the-30-harshest-filmmaker-on-filmmaker-insults-in-history/4 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O dia em que Napalm caiu (iv)

O dia em que Napalm caiu (iii)

À queda física de Napalm é sobreposta uma elevação moral a que só os mais distraídos não prestarão atenção. Expliquemo-nos: estando Daniel Pereira destinado a mais uma noite de narrativa incoerente e mera e pretensamente hedonista, a desgraça de Napalm surge como um sinal enviado por um qualquer Deux Ex Machina e que parte a narrativa em dois bocados e impede a também mais do que provável queda moral de Pereira em mais umas horas de ilusão e aparência. A este propósito, lembramo-nos do anjo Clarence de It's a Wonderful Life ou das alegorias cavernosas de Platão. E se no Psycho, após a morte de Marion Crane, ficávamos entregues a Norman Bates e aos seus demónios, também a mise-en-scène barulhenta de Napalm faz com que nós, espectadores da vida, descolemos das euforias nocturnas para ambiências realísticas, onde as únicas luzes que existem são as da ambulância a iluminar o caminho. Tudo isto, contudo, já foi devidamente explicado há cinquenta anos por Daney e Shorecki, que enquanto esperavam por Sternberg, tiveram o seguinte diálogo em LA:

Tens aí o isqueiro?
Sim.

Ou, numa vertente ainda mais premonitória, recordemos uma das (senão a maior) aterradoras análises da moralidade cinematográfica, evidenciada por Jacques Lourcelles em 1989, junto a uma papelaria parisiense:

É um Marlboro. 


O dia em que Napalm caiu (ii)

A propósito do post "O dia em que Napalm caiu" importa relembrar que a História da Bebedeira não surgiu a semana passada, em qualquer um desses reality shows televisivos. Em boa verdade, essa História é  - hélas - tão velha quanto a própria humanidade. Propomos um pequeno exercício, o de comparar vivências como as de Charles Bukowski, Garrincha ou Franklin Pierce às de dois jovens, supostamente muito rebeldes, e agora em voga. A saber: Daniel Pereira e Capitão Napalm. Sobre a obra de Pereira já várias vezes referimos o seu carácter inócuo, alguém que salta de bebida em bebida como se de um vulgar videojogo se tratasse. Pena é que alguém com um passado bem mais denso e interessante, e que na sua obra tem criado narrativas nos antípodas dos simplismos das telenovelas, Napalm, siga agora os caminhos de Pereira e... com piores resultados. Não deixa de ser paradoxal, ou até sintomático, que na cópia a que Napalm se propõe, obtém - hélas - piores resultados que Pereira. Neste sentido, estamos perante uma fulcral questão: que bebedos surgirão com o contínuo apagamento do álcool face aos Big Brothers das nossas televisões? Ou ainda: no futuro teremos sequer bebedos? No limite, teremos apenas indivíduos como Napalm, cuja gravidade, em tempos tão profunda, é hoje uma... falta de gravidade, que o leva a cair, literalmente, em desgraça.

O dia em que Napalm caiu

Basta agradecer à Daniela, prontificadora dos primeiros socorros e que a minha turva e amarelecida visão jamais conseguiu vislumbrar. E ao camarada Daniel Pereira, que por entre insinuações soezes, gozações várias e demais non-sense me foi mantendo acordado. E ao SNS, pelo belíssimo serviço prestado. Acabou tudo em bem, com gelados, coca-colas e presenças femininas em bikini.