quarta-feira, 12 de março de 2014

a loirinha da foto morreu há três anos em Hamburgo. Contava cem anos de idade



O expressionismo alemão e as suas escuridões...bla bla...símbolo de uma era de instabilidade económica, social, cultural...zzzzz...projecção cinematográfica de uma psicoce nacional...bocejo. Irmãos Siodmak, Billy Wilder, Fred Zinnemann, Eugene Shufftan, Edgar J. Ulmer- dream team como só se voltaria a ver no ínício dos anos noventa, quando o Papin chegava a ser suplente do Van Basten- fizeram grande manguito a tais canónicas rochas, e no ano de graça de 1930 (quando quase todos eles mal tinham idade para cortar barba) decidiram iluminar a "magia da tela" com uma solar Berlim e seus súburbios pré-Adolfo, num misto de documentário e ficção onde não há actores, há pessoas a "interpretarem-se" a si próprias, nos seus locais de trabalho, nas suas rotinas diárias, etc. Close-ups capazes de rachar cabazes de milho (isto não faz sentido nenhum, mas veio-me à cabeça e decidi aqui colocar), rostos cheios de claridade, o campo num domingo, rio e jogos florais para se aliviar do miserável ritmo do quotidiano. Há um laissez-passer e uma rejubilação que ainda se torna mais sentida se se pensar no que aconteceria pouco depois. E, mesmo sem esta bandidagem se esforçar muito, há por aqui mais lirismo apaixonado do que em quinhentos To the Wonders." O expressionismo cinematoggráfico germânico dos anos dez e vinte é uma notável incursão nos domínios da Segunda Guerra Mundial, pois os seus autores viajaram no tempo e espantados com tantos horrores, voltaram e decidiram colocar no celulóide tamanhas atrocidades em forma metafórica".