quarta-feira, 4 de março de 2015


Rawhide é mais uma maravilha do Henry Hathaway. Um desses "piquenos" (como diz o António Simões) westerns que andam perdidos no glorioso mundo da "história do cinema". A ideia de "cerco" que mais tarde o Hawks, o enteado Carpenter ou o Day of the Outlaw tratariam de expandir e ampliar a níveis de genialidade, é aqui matéria de drama modesto, subterrâneo, quase "filme de câmara". Isto parece tão simples que até dói: personagens com os contornos bem definidos (sobretudo a Susan Hayward, muito bem delineada, mesmo), situações-tipo fortíssimas, colocação de câmara e edição "é isto e nada mais", e depois isto: silêncio, silêncio, silêncio. Mesmo nnas alturas de tiros e crispações. Dúzia de filmes do Henry vistos nos últimos meses, todos muita bons.