domingo, 29 de novembro de 2015

cagando de alto para a OMS






Lady in the Lake (1947), Robert Montgomery


em falta: chapéu, revólver, fumo do cigarro.

grande e valorosa mulher



a turba enraivecida. Mizoguchi trataria de vos pôr no lugar, filhos e filhas da punheta.


mais quatro círculos do sofrimento no Inferno:

-ver um aglomerado de seres humanos (e o Herrera) vestidos com a camisola do FCP e a praticarem algo que terá semelhanças com um desporto chamado futebol.

-ouvir o Tiago Bettencourt. Não há palavras existentes em qualquer dimensão quântica que consigam descrever os horrores que são expelidos pela boca deste rapaz. Até faz pensar no B Fachada com bonomia.

- João Miguel Tavares como crítico de cinema, João Miguel Tavares como crítico musical, João Miguel Tavares como comediante, João Miguel Tavares como colunista político.

- eu estar aqui a escrever estas coisas a esta hora.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

2007


Amanhã será o segundo aniversário do encerramento do King. Ontem trouxe de casa dos meus pais um casaco que há anos não vestia e que continha num bolso os dois bilhetes que se vêem na péssima fotografia que ilustra este escrito. Sobre o primeiro a minha memória guardava tanto quanto sobre uma noite regada por garrafas de vinho, aguardente velha e cervejas. Sobre o segundo lembrava-me que era com o senhor do Polvo, Michele Placido. E só. O filme caseiro desta noite será o "Cluny Brown". Daqui a oito anos nada, ou pouco mais do que uma impressão, sobrará deste visionamento. Vou andando assim.

Mizoguchi, o Sérgio Santos dos cineastas


Gion Bayashi, 1953

uma bela surpresa


ou, como escreveria o Prof. João Lopes, "Ant-Man demonstra o quão possível é aliar o artifício dos efeitos especiais a uma singela e humilde intimidade, como, aliás, Steven Spielberg vem demonstrando, quase sempre com sucesso, desde o seu Jaws, de 1975. Em boa verdade, já Adorno se referia a esta impossibilidade quase latente da indústria em aliar dois pólos aparentemente tão distintos".

tags: Cinema, sempre mágico. 1991, fim do cinema. Alberto Seixas Santos é o maior. Rivette mainstream. Piccoli bebe vinho. Emmanuelle, mulher enquanto arte.


boutade





Prefiro a versão da "cena do café" do L.A Takedown à do Heat.



Daqui a quarenta anos, na Cineaste:



Aliás, a versão do "café" em L.A Takedown não tem aquele peso dramático dos "dois maiores actores do mundo" a serem os "dois maiores actores do mundo", matéria tão excessiva que até serve para desmantelar a própria tensão dramática da cena. É um encontro de proporções míticas que destrói tudo em sua volta. Não será por acaso que há quarenta anos o velhinho Napalm escreveu "Prefiro a versão da "cena do café" do L.A Takedown à do Heat". Napalm que, sublinhe-se, estará amanhã no Centro de Congressos Culturais de Dallas, na conferência "Out 1, the deleted scenes".

é um disparate dizer que gostámos do "Insurgent" apenas por causa da Shailene Woodley





cinema-bibelot


muito bonito


rigor


austeridade

The Assassin, de mestre Hou Hsiao Hsien, é um filme muito bonito com enquadramentos bonitos e lindos e rigorosos. Além disso, há também a destacar os planos de câmara austeros, e belos, além de serem rigorosos. A câmara é rigorosa, os actores são austeros e as paisagens são lindíssimas. Shu Qi é bonita e ao mesmo tempo austera e apetitosa, tal como os planos. Há bonitas roupas de seda e austeros e rigorosos cortinados transparentes. Cinema rigoroso, austero e belo, daquele que nos faz pensar. 

Agora a serio: este best of dos Suede que estou a ouvir é mesmo bom. 
Este blogo jamais irá acabar. Seria necessário que tivesse começado.

Um dos elementos deste blogo gosta de Hip-Hop. O outro não.

o sabor da cerveja




Vilhena aos dias úteis


sábado, 14 de novembro de 2015

chega de palhaçada

assistindo aos filmes da Mia Hansen-Love


a vida imita a arte
















Trainwreck, Judd Apatow









bem que tentamos resistir, mas é tão dificil...

Como não há intenção alguma em ver a próxima malickada, temos andado a rir a ler os textos sobre o filme no imdb. Apesar de tudo, o Malick tem o enorme mérito de fazer comédias que só podem ser "analisadas" recorrendo ao humor, tanto por parte dos seus fãs (como nós) como pelos seus bastardos detratores. Entretanto, acaba de nos chegar a lista de ingredientes de que precisa para uma apetitosa malickada. Assim, junte:











e terá como resultado:

No mar, na luz, na seara, lemos Rousseau enquanto te amo. Em voice-over.


ISIS, defensores da saúde pública

Se, por um lado, os comandantes rebeldes se mostram relutantes em criticar abertamente o ISIS, por outro, os seus subordinados são-no menos. "São estrangeiros a ocupar a nossa terra", dizia-me um combatente do Ahrar al-Sham, uma grande rede salafista. Eles proíbem imediatamente as pessoas de fumar- nem um médico prescreveria isso!", dizia um outro rebelde, de 19 anos, de Alepo.

página 114 do livro Islão- Guerras Sem fim, editado pela Dom Quixote

Terence Malick:

Lembras-te quando fumámos por entre os nenúfares e o crepúsculo cor de boi? Esperei três horas para te ter assim. Sempre teu.


 Timbuktu, Abderrahmane Sissako

coisas simples

Se a memória não me mente, é no Capitão América do ano passado que o Robert Redford é um "vilão" que constrói uma arma alojada num satélite que tem a capacidade de matar qualquer pessoa no mundo, desde que lhe sejam enviadas as coordenadas necessárias. Por exemplo: "arma, quero que rebentes com todos os fãs mais assanhados do Von Trier". E pronto, a arma ficava armadilhada e em segundos lá iam à vida milhares de mulheres de bigode e homens que bebem o café com o mindinho bem esticado. Nem mais uma perda, nada de danos colaterais. Ora, pensando nisto, porque é que os EUA (com a ajuda do Japão e a Coreia do Sul, os únicos países que interessam) não fabricam um brinquedo destes- na clandestinidade, claro está- e colocam assim nas coordenadas: "arma, queremos que rebentes com qualquer elemento do ISIS e respectivo agregado familiar". E pronto, lá iam à vida milhares e milhares de "pessoas defensoras de um multiculturalismo sempre bem vindo" e "defensoras de uma forma de vida com os seus valores que nenhum ocidental tem o direito de questionar". Era simples, eficaz e tinha o extra de colocar a Ana Gomes a espumar. 

Em alternativa, poderiam apenas armadilhar a arma com dardos tranquilizadores, que atingiriam apenas elementos do ISIS e respectivos agregrados. Estendidos no chão, seriam levados todos (em tratores) pelas tropas americanas, japonesas e coreanas para dentro de uma cratera gigantesca, construída para tal desiderato. E depois, colocava-se um avião a voar sobre a cratera a 10000m e acontecia isto:


Em directo na tv. Num maravilhoso espectáculo de "luz e cor", com o Eládio Clímaco a ser o nosso relatador. A espuma da Ana Gomes daria para alimentar vinte festas temáticas. É verdade, fomos detectados com sintomas sociopáticos bem cedo.

 

 

Team America: World Police (3/10) Movie CLIP - Derka Derka (2004) HD