terça-feira, 19 de abril de 2016

11.22.63. Dealey Plaza, Dallas, Texas. 12:30 P.M.

























































11.22.63 é uma série "entretida". Cousa nunca vista esta, a de Napalm ver os oito episódios à média de um por dia, numa disciplina que seria muito bem vinda em outras áreas da vida. Há sempre aquele gostosinho das "viagens no tempo" e dos buracos lógicos que se seguem. Há gordura de sub-plots por todo o lado (é a "magia das séries"), quase nos fazendo esquecer porque é que o (excelente) James Franco foi dar com os costados a 1960. Mas enfim, a carne é fraca, e a Sarah Gadon é muito bonita. Há o bom senso de se colar à oficial e ÚNICA explicação científica para o asassinato do Kennedy, dispensando fantasias hilariantes à Stone desse belíssimo espectáculo de circo que é o JFK (isto é um elogio). Eu sei, porque já vi o filme do Zapruder mais vezes que o próprio Zapruder, o João Mário Grilo, o Brian de Palma e os todos os membros da Comissão Warren, em combinado. No final, quando o inevitável no contexto do livro e série acontece (é logo a partir desse esse último fotograma), lembramo-nos do Daney, com dez cigarros na boca, a dizer que o Terminator 2 era um filme para crianças de oito anos. Um bom filme, mas que nem por isso deixava de ser para crianças de oito anos. Falava ele da "pouca imaginação humana para imaginar o futuro". Mais ou menos como aqui. Nada que crie moléstia. Até porque acaba tudo em beleza, com uma sequência de dança que poderia estar num dos oníricos clássicos de Hollywood, como o Portrait of Jennie. Em resumo: o Abrams que se fique pelos bastidores.