quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Alguém que chame os bombeiros. Esta mulher, um dia destes, morre afogada na própria espuma.

Para esta feminista que adora cinema mas “detesta” O Último Tango em Paris, é impossível não olhar para o filme de Bertolucci sem sentir repulsa por “aquele protagonista insuportável”, de uma “masculinidade transbordante” que agradava a tantos naquela época, e que, de certo modo, continua a prevalecer em Hollywood, embora as mulheres tenham hoje outro poder de negociação na indústria. “As coisas não mudaram assim tanto como isso, mas mudaram um bocadinho. Isto não quer dizer que o corpo da mulher tenha deixado de ser objectificado.” E o do homem? “Não me venha cá com essa de que é igual, que os dois são tratados da mesma maneira n’O Último Tango e noutros filmes porque não são. Nunca foram.” daqui.

Misandria, uma doença socialmente aceite. 

Mas numa coisa esta aventesma tem razão: o filme do Bertolucci é uma merda descomunal.